O Poder e o Fascínio da Beleza
“A mídia convence que as pessoas belas, com corpos perfeitos, terão sucesso no amor e nos negócios. A beleza torna-se encobridora da falta em uma franca recusa da castração. O corpo passou a ser palco da perfeição e da juventude eterna. A identificação com estas imagens segue um modelo chamado de ego ideal que aponta para o narcisismo e a tentativa de evitar conflitos e castração, e tem como consequência uma falsa ideia de completude e certo desenvolvimento paranóico com relação ao próprio corpo. (Déborah Pimentel” – Círculo Psicanalítico de Sergipe).
Sem dúvida, a vaidade, a estética e o culto à saúde, são muito importantes. Isso só se torna um problema quando há uma supervalorização desses aspectos.
Hoje, o que conta é a aparência. As imagens dos corpos que desfilam assumem a forma padronizada que rege o lugar de objetos de desejo. Portanto, o pecado agora é ser gordo, ter celulite, estrias ou rugas.
A cada dia proliferam academias, clínicas de estética, novos tratamentos antienvelhecimento, antiestrias, “anti-isso”, “anti-aquilo”…
São muitas as ofertas para uma mulher parecer diferente, mais linda, mais desejável, mais fascinante e ilusoriamente perfeita: mudam a cor dos olhos, usam-se cosméticos, aumentam ou diminuem partes do corpo, como seios, lábios, nádegas…
É importante questionar: qual é a relação que existe entre as imagens dos corpos divulgados pela mídia em uma cultura de consumo, como ideais de beleza, e a ideia de completude e busca da felicidade?
As pessoas estão o tempo todo aspirando ao corpo perfeito, um marido bacana, uma mulher linda, um bom emprego. E se estas coisas ainda não foram alcançadas, não desanime, pois o pacote completo, sinônimo de sucesso deve estar por chegar. Este também é “o segredo” dos livros de autoajuda que se tornam Best Sellers.
No mundo contemporâneo, imediatista e individualista: há os viciados em álcool, droga, jogo, trabalho, status, prestígio, poder, sexo, internet… e os que supervalorizam à sua imagem física e/ou muitos desses vícios juntos.
Muitas dessas mulheres viciadas em plásticas estão identificadas e paralisadas diante das imagens das Top Models, pelo narcisismo e pela presença de um superego cruel e sádico, “não habitam e se reconhecem no próprio corpo”, que é tratado como objeto ameaçador, vigiando-o, controlando-o e transformando-o continuamente por motivação estética.
Essas questões vão além de uma referência a modelos estéticos. Esse excesso de preocupação com a beleza e a estética está a serviço de evitar confrontos com a realidade, é uma fragmentação interna que gera: insegurança, frustração, medo, angústia e horror ao vazio.
Se houvesse um meio de conciliação, se, de alguma forma, estas mulheres pudessem se apropriar dos seus próprios corpos e simbolizá-los de alguma maneira, posto que (ninguém é perfeito), se não ficassem evitando a frustração e elaborassem o seu desamparo e carência estrutural, poderiam estar mais próximas da tal felicidade, mesmo que parcial e, verdadeiramente, como é o destino dos humanos.
Em última análise, sentimos o quanto à valorização desses atributos externos estão tão arraigadas em nossa consciência que deixamos de olhar para o que realmente importa: a essência humana que está dentro de cada um de nós.
Carlos
Ontem no Fantástico, TV Globo, passou uma reportagem sobre este assunto. Os excessos que levam até à morte.
Mas que homem não gosta de uma mulher com boa aparência, bem cuidada? Contudo, os exageros chegam às raias do absurdo como se vê por aí, nos noticiários, muitas mulheres já estão sem expressão de tão repuxadas, isto vale para os homens também que hoje, já aderiram bastante aos tratamentos estéticos. Tudo é válido sem os excessos.
Por tudo, o meu maior questionamento é sobre o que a autora cita no texto dela: “Qual é a relação que existe entre as imagens dos corpos divulgados pela mídia em uma cultura de consumo, como ideais de beleza, e a ideia de completude e busca da felicidade?”
Valeu por este assunto, é para refletirmos!
Isabel Esgueira
Tudo o que está em excesso prejudica! Infelizmente, a nova e grande preocupação de muita gente, é a mudança que procuram fazer, visando a melhoria do seu aspecto exterior, o que, aliás, nem sempre é conseguido…
Acredito que seria muito mais importante, se todos nós nos preocupassemos primeiramente com a melhoria do nosso aspecto interior em vez de nos preocuparmos tanto com o aspecto exterior, pois este na realidade, é apenas o que aparentamos ser. E nem sempre é um retrato fiel de nosso interior.
Sou de opinião, que devemos sempre ter presente que a beleza exterior é algo muito subjetivo, pois nem sempre o que é belo para uns, o é para outros.
Na realidade, o mais importante é o que SOMOS internamente, e o que é demonstrado por nossos atos, pelo que fazemos em favor ou contra os demais. É aí que se encontra a verdadeira beleza de uma pessoa, em seu interior.
Quando existe beleza interior essa irradia no cultivar da amizade, do amor, da solidariedade, procurando manter um clima de paz em nosso redor. Olhar com simpatia nossos semelhantes…
A felicidade é diretamente causa e consequência da beleza interior.
Grata,
Isabel
Carmen Quartim Madia
Luzziane minha flor,
você aborda muito bem no texto, o poder e o fascínio da beleza.
O mundo como se vê agora, é consumista,onde traquitanas, máquinas malucas foram inventadas,para transformar humanos de aparência física diferentes, em pessoas acabadas de sair da mesma forma, onde os cabelos, os corpos, as roupas,os saltos altíssimos, no caso das mulheres, os trejeitos, a maquiagem, a maneira de falar, compõem um mesmo padrão. A maravilhosa fábrica do mundo dos iguais.
Só, que as diferenças existem para que também possamos aprender com elas.
Então, hoje, pessoas que são, pensam e agem fora desses padrões, terão a chance de crescer sua consciência, e descobrir dentro delas, um mundo interno cheio de riquezas, que transbordarão beleza, sabedoria,e conteúdo que curarão as dores emocionais.
Dores emocionais não são curadas em máquinas anti-rugas, nem injeções de botox nem em cirurgias plásticas. Isso é o que ilusoriamente podem chamar de felicidade, mas artificial.
Bj carinhoso,
Carmen
P.H
Excelente este espaço aqui e os temas abordados são excelentes. Uma amiga no FACEBOOK me indicou e eu já salvei nos meus favoritos.
Quanto ao tema aqui relacionado, eu acredito que de fato tudo em excesso não gera bons resultados, o importante é ter saúde física e mental, a inteligência sempre vai se sobrepor a qualquer outro aspecto no ser humano, Beleza não é eterna, a capacidade de se renovar a cada dia não está do lado de fora onde muitos a procuram, está dentro, onde poucos a encontram.
Um forte abraço e obrigado por compartilhar textos tão inteligentes.
by P.H
Virginia Fontenelle Bizerril Gargiulo
Olá Luziane, Tudo bem ? Adorei a sua abordagem de um tema que apesar de corriqueiro, pega todas as camadas sociais e não tão somente quem tem poder aquisitivo, “a meu ver é “grave”.
Vivemos numa realidade estética exagerada, pois o indivíduo que está fora de forma, muitas vezes deixa de participar de divertimentos diversos com medo de não estar “inserido” nesse contexto atual. Conversando com um amigo nesse feriado perguntei se ele iria viajar. A sua resposta me surpreendeu. Disse que não iria, pois estava acima do peso e tinha vergonha da sua barriga.
Nunca imaginei que homens agissem dessa forma [ele tem 60 anos].
As mulheres então se drogam com anfetaminas,chenical,laxantes,diureticos e injeções de última geração [victoza] etc….. Muitas recorrem a bulimia e põe sim a sua vida em risco. A culpa não é de ninguem. “Vivemos na era da beleza extrema” onde o referencial que temos são as proprias amigas e não mais artistas de cinema. Como solucionar esse problema? Não tenho a resposta. A culpa é de quem? Não sei dizer. O que levou o ser humano a chegar a esse ponto? Não sei tambem….
Deixo aqui apenas o que é “fato” e “realidade”.
Virginia fontenelle Bizerril Gargiulo.
Roberta Rocha
Perfeição!!!
Nas sociedades modernas estão crescendo a cada dia mais a preocupação com o corpo perfeito… E a dieta alimentar, da qual a indústria alimentícia tem se beneficiado sem dimensões, e o consumo excessivo de cosméticos, plásticas impulsionadas pelo processo de massificação das mídias. Ah! as mídias, o poder está todo nas mãos da mídia! O consumismo desenfreado gerado pela mídia tem seu foco principal nos adolescentes como alvos para as vendas, desenvolvendo modelos de roupas, que todos, ficam eufóricos pelo consumo… A indústria de cosméticos lança a cada dia novos cremes e produtos milagrosos para eliminar as “formas indesejáveis” do corpo, e a indústria farmacêutica faturando alto com medicamentos que inibem o apetite. Academias em crescimento, e o pior são as drogas que este público mais jovem tem se tornado refém… Nisso precisamos nos conscientizar, se é que ainda dá tempo, que, os cuidados com o corpo não devem ser de forma tão intensa e ditadora como temos visto nas últimas décadas. Devemos respeitar os limites do nosso corpo e acima de tudo nós a mesmos.
Luzziane seu artigo está muito bom! Adorei ler… Beijos
Lucinha Almeida
Os seres humanos são tão contraditórios, as vezes o que é um defeito para uns, é qualidade para outros… A vaidade cai bem, o excesso dela que prejudica, assim como tudo na vida… O bom mesmo é ser feliz, se amar do jeito que é e se algo incomodar muito, mude, mas com moderação, mantendo sempre o mais importante: A mente sã!!!
Beijos Luzziane <3