O amor não é inerte.
“O desejo reproduz a relação do sujeito com o objeto perdido.”
Jacques Lacan.
Existe um contingente de pessoas que acreditam ter poder para mudar o outro. As pessoas ainda hoje, têm a capacidade de achar que são donos da PERSONALIDADE do outro. Começam um relacionamento e adentram a vida do parceiro, dissimulando que certos traços da personalidade do parceiro existem, por acaso, mas que com certeza essas características se transformarão quando o cupido do amor flechar o coração e cantar sua canção para o casal apaixonado. Quase como se o parceiro fosse uma espécie de massa inerte, com a qual pudéssemos moldar as imperfeições que tanto nos incomodam.
Acredite essa magia não vai se concretizar. O amor não é inerte.
Um dos maiores conflitos que acontecem nas mentes carentes e medrosas é a condição em que as pessoas ficam tão desatinadas para encontrar um parceiro que basta “alguém” as escolher para que se sintam imediatamente agradecidas por serem salvas dessa solidão. E, assim, nunca escolhem. Apenas são escolhidas. A fera vira bela, vira príncipe/princesa imediatamente!
O tempo vai passando e o outro não muda. As diferenças começam a importunar. Logo, ambos estão desesperadamente tentando mudar um ao outro, como se essa fosse à saída para o relacionamento funcionar. Geralmente, nesse processo de querer mudar o parceiro um se torna o carrasco. Desencadeando em frustração e dor ao se deparar com a dura verdade: o outro simplesmente não vai mudar.
O outro não vai dar mais do que pode só porque você deseja.
Logo vem à mente do escolhido: sou doce, gentil, educado (a), carinhoso (a), sei o que desejo, mas não consegui mudar o que era “imperfeito”.
Por isso, fica evidente a importância da escolha, de uma escolha consciente.
Devaneio é o que ocorre em muitos relacionamentos. Casais que passam anos em conflitos para transformar sapo em príncipe/princesa. Perdendo um tempo precioso que não volta atrás, em busca dos culpados. A culpa não é do outro. Um sapo tem todo o direito de ser sapo, ora!
É preciso ter objetivo no que se busca – aprender a ter mais paciência e consciência em suas escolhas – e parar de agir com euforia por medo dessa tal solidão.
FAUSTINO DE TOLEDO JUNIOR
UM BOM RELACIONAMENTO NÃO PODE SER MOLDADO, COMPRADO OU IMPULSIVO E SIM NO ENTENDER O QUE CADA UM TEM A OFERECER SEM TIRAR 0 QUE UM SE MOSTRA NO SER AO OUTRO BUSCANDO ELE OU ELA SE ENCONTRAR EM UM SÓ…TEM MUITOS SAPOS E PRINCESAS VIVENDO DE ILUSÕES MUTUAS ONDE A PAIXÃO SE CONFUNDE COM O A M O R FUGINDO DA SOLIDÃO!!!
Mel Bustamente
Ninguém muda ninguém! E nem deveria. Esta é a primeira lei de um relacionamento!
Uma relação tem de ter respeito mútuo e cumplicidade suficiente para um captar/perceber/entender o que e bom ou ruim pra o outro e fazer a sua parte, sem que seja preciso que o outro lhe imponha alguma mudanca.
Ninguém pode ser feliz tendo de transformar-se numa massa inerte, a ser moldada contra a sua natureza.
Cabe a cada um saber o que busca, saber como buscar e o que efetivamente buscar para ser feliz. E não transferir ao outro esta responsabilidade de fazê-lo feliz.
Belo artigo, amada!
Beijos