“A vaidade é um princípio de corrupção.” Machado de Assis

O presente artigo tem por objetivo discorrer sobre política e corrupções, citando como exemplo, o filme Trapaça. Da ficção à realidade aos dias atuais da nossa política: depois de tantos anos de política nesse País, podemos pensar que a ficção vista em filmes tornou-se a realidade desse povo, que em sua maioria nunca se importou com a política desse País – necessário se fez tomar conhecimento dos atos e fatos públicos para ver e sentir o caos, haja vista é uníssono, o novo grito de independência! Em tantos anos de politíca e corrupção, nunca houve tanto interesse em descobrir quem eram os verdadeiros trapaceiros ocultos atrás do véu da corrupção, pois vai muito além da mais alta cúpula do poder brasileiro. O filme “Trapaça” faz uma alusão ao que à Nação Brasileira vive nos dias atuais.

DO FILME “TRAPAÇA”

O filme Trapaça, é uma comédia que tem como transcrição a realidade. A história é baseada em acontecimentos reais dos anos 70/80, nos Estados Unidos. Trapaça, é inspirado em uma operação do FBI em casos de fraudes, no qual os trapaceiros são compelidos a colaborar com o FBI, assim, terão suas penas minoradas.

O filme mostra como as pessoas do enredo jogam com o mundo de corrupções, desvio do dinheiro público e venalidade. Nesses casos, as pessoas bem-intencionadas não compactuam e/ou não imaginam, que são vítimas de um jogo sórdido, portanto, não fazem ideia do seu verdadeiro funcionamento.

MÁ-FÉ

O significado de venalidade é citado para elucidar os princípios de pessoas que agem de má-fé. Vejamos: Venalidade é a qualidade daquele que se vende, prostitui ou deixa se corromper por dinheiro ou outros valores”.
“…A venalidade, disse o Diabo, era o exercício de um direito superior a todos os direitos. Se tu podes vender a tua casa, o teu boi, o teu sapato, o teu chapéu, coisas que são tuas por uma razão jurídica e legal, mas que, em todo caso, estão fora de ti, como é que não podes vender a tua opinião…” (Machado de Assis, “A igreja do diabo “in Histórias sem data.)

NARCISISMO X PODER

O filme Trapaça mostra também, que as pessoas acreditam naquilo que lhes convêm por pura vaidade, pois se seduzem com as propostas de riquezas ilícitas. Isso é fato corriqueiro que o narcisismo e suas subjetivas fantasias, inflam o ego de indivíduos que buscam a qualquer custo: poder, status, prestígio e dinheiro. Nesse círculo vicioso vivem para trapacear o tempo todo, como forma de sobrevivência, de um eu narcísico e poderoso. Na realidade atual, muitas pessoas estão se posicionando assim: o poder a qualquer preço! E não somente na mais alta cúpula de trapaceiros – visto que os grandes trapaceiros necessitam fazer alianças para se manterem no poder e continuar trapaceando.

Em Trapaça, o trapaceiro “Irving Rosenfeld”, engana muitas pessoas, sobretudo as desesperadas. “Irving” diz,  “Pelo que sei, todo mundo trapaceia para conseguir o que quer. Trapaceamos até a nós mesmos, de um jeito ou de outro – para conseguir sobreviver.”

DO PODER X AUTORIDADE

Em “Trapaça” observa-se o quão atrapalhados são os planos de “Richie DiMaso”, um agente do FBI, pois dá a entender que ele age em prol dos seus próprios interesses – em busca da notoriedade, respeito e supostamente o sucesso de uma operação desse nível -, colocando o próprio FBI em algumas situações que escapam do que é considerado ético. Ao fim e ao cabo, entende-se nesse enredo de ficção que, cada um trapaceia aos seus respectivos interesses.

CONCLUSÃO

A alusão ao filme “Trapaça” neste artigo, tem propósito de nos levar a realidade do nosso País, assim, nos dá a seguinte mensagem: “Que o povo brasileiro e seus dirigentes sigam um novo rumo sem trapacear, compreendendo que são eles, os líderes dessa Nação”.

Autora, Luzziane Soprani

REFERÊNCIA:

Trapaça – Filme 2013

Machado de Assis, “A igreja do diabo” in Histórias sem data